segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

K
Quisera ser forte,
tão forte,
que a erva fresca,

as minhas mãos

em teus cabelos,

o teu rosto,

me dessem a fuga

por todas as estradas,

largas de verde,

numa fugidia lança,

de triste bronze,

que me trespassasse

em teu esquecimento.

Que dos teus lábios

só escorresse

o grito cavo da busca,

a espera sem alma,

o gemido enrolado

nos ares dos sábios lamentos.

Queria que o céu de punhais

se cravasse a meus pés,

à boca dos cedros,

em funéreo círculo,

e que a tua memória

fosse só a cinza

das minhas cinzas.


(A partir dum poema de musalia)
(Fotografia de J.N.)

1 Comentários:

Blogger Blindness disse...

Por onde o meu amigo, que não tem transformado pobres palavras em ricos pensamentos?

quarta-feira, 02 abril, 2008  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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