sexta-feira, 11 de abril de 2008

K

os vagos urros da candura (tributo, vago também, ao Surrealismo)

Entra e inclina o rosto,
entre a espinha e um esgar;
entra um ar sujo e longe,
entram pinhais esquecidos,
entram restos de si,
entra o caos e o rijo vazio,
entre nunca mais e ontem,

entre a saudade e a fantasia.

Entra, adentra a porta,
entre rasgos e o amanhã
entra o suspiro do nada.
Entra, boca fera embestecida,
entra face vadia,
entra riso esmagado,
entre deixas e restos,

entre cavos bosques e Everestes apenas.



O sol de Inverno mancha a luz sombria que se aquece nas margens. Já não há esgares, a esses, cobriu-os a margem do nada aquecida por aquele sol de Inverno.
Dois pontos - distantes léguas ou milhas ou alforges de silêncio entre si - já não marcam mais planos inclinados entre a espinha e um esgar, entre nunca mais e ontem, entre a saudade e a fantasia, entre rasgos e o amanhã, entre deixas e restos, entre cavos bosques e Everestes apenas;

entretanto, apenas...

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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