sexta-feira, 25 de setembro de 2009

K

soneto do pé quebrado

sobrou o tempo da meninice,
das memórias a preto e branco,
do olhar claro, da meiguice,
do Alentejo seco, sempre campo

olho os retratos daquele tempo,
em jeito de sorriso mal disfarço
uma saudade vivaz, o desalento
de alguém chorando num abraço

sou feliz hoje, não o nego
a vida soçobra-me dos braços,
sinto a guerra ou o sossego,

mas logo vibra alto o meu ego,
ergue-se e logo ensaia os passos
de uma vida clara, sem nós cegos

(autoria Richard Abston em http://www.phot.net/)

5 Comentários:

Blogger Nilson Barcelli disse...

Recordar a infância a preto e branco para que a vida seja mais colorida e "sem nós cegos".
O soneto é um género dificílimo (pelo menos para mim, que nunca fiz nenhum...).
Bom fim de semana.
Abraço.

sábado, 26 setembro, 2009  
Blogger Silvana Bronze disse...

Dácassilabo!!!
Parfait mom amie. Meilheur que tói, est seulement tói.

terça-feira, 29 setembro, 2009  
Blogger Jaime A. disse...

Muito obrigado pelas felicitações por este meu exercício :)

terça-feira, 29 setembro, 2009  
Blogger maré disse...

destecer o "nós"


e abrir-se, como flor
nos trajectos do sol


____

aqui, com mais um abraço

sábado, 03 outubro, 2009  
Blogger Paula Raposo disse...

Sonetos e rimas...não sei! Mas soa bem. Beijos.

domingo, 04 outubro, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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