quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

K

espera

Ahora: la siembra.

Esperaré
con la paciencia
del que deseó
y obtuvo. *

Espero,
sim, espero;
inclino o corpo sobre as paredes nuas
de uma memória em ruínas;
semeaste aljavas vazias,
grãos secos,
despojados da alegria do voo para a terra,
sulcos abertos para a vida.
Espero,
sim, espero;
por entre rochas, no horizonte,
levantam-se as poeiras de sementeiras já esquecidas,
de trilhos arqueologicamente extintos;
paciente, como um druida esperando a Lua Cheia,
com um pauzinho traço no ar da noite
as virtudes da esperança.
No meu desejo,
a espera é um animal selvagem,
virtuoso, brando,
certo da sua presa.

(*Griselda García cit. in
http://spleenmaleniano.blogspot.com/,
autoria: MaLena Ezcurra
(fonte da imagem:
http://pctpmrpp.org/forum/)

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1 Comentários:

Anonymous sindro disse...

Oi Adorei o seu texto, passe lá no meu blog de textos, até mais, beijo.

quarta-feira, 05 janeiro, 2011  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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