sábado, 23 de abril de 2011

K
LUZ

Sombreiam-se-me os olhos:
na noite decadente,
entre espaços lúcidos,
há vergões silenciosos
remoendo memórias
às escondidas da vista;
na tela do passado,
projecta-se o temor:
arrasta-se um regresso
na rispidez do raio;
o nó que me consome,
é meu: criei-o
no tormento de ontem,
no ódio de amanhã,
esquecendo
os tufos serenos que calcorreio;










será,
pois,
na
era
da
redenção
que
estarei
frente
a
frente
no
letargo
que
mereço,

já.

(fonte da imagem:
http://www.getreligion.org/)

Etiquetas:

2 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Convoca-se a luz para esconder as sombras, neste poema excelente.
Um beijo.

domingo, 24 abril, 2011  
Blogger Lídia Borges disse...

Um poema belíssimo onde os tempos se misturam na procura da luz, da perfeição.

Um beijo

terça-feira, 26 abril, 2011  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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