segunda-feira, 23 de setembro de 2013

K

vontade

Era uma vontade asceta,
uma Lua teimosa,
desfragmentada,
que vigorava
no tempo em que
o caminho era a esperança.
Falaram em luzes,
em túneis,
em números
(algarismos tingidos).
Apenas se soube esperar,
enquanto o líquido denso
escorria pelas frontes abaixo.
Pressentia-se
o para lá,
o mais além,
mas não se ousava dizê-lo,
no terror do descarrilar.
A paisagem horizontal,
pastosa,
era também fusão
imaculada e granítica,
numa certeza apenas:
que os números fossem
redutores e mágicos!

("Os números dão-te,
mas tiram-te:
faz com que te sirvam
com prudência."
Fala de Cleantes de Assos,
pensador estóico,
a Creso, rei servo
de ouro e outros 
números)

(fonte da imagem:
http://thehardmanshousent.blogspot.pt/2012/06/switzerland.html)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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