quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

K

consumado

Baixaste os ombros,
não, não os encolheste, 
num desprezo banal, ateu.
Apontaste os pés para a terra
para a Terra,
na sacra dúvida.
Labutaste nessa dúvida,
com a certeza
que um Deus ostenta
numa vitória despida.
Teus músculos ainda sustiveram
os teus ossos,
na integridade simétrica da encenação.
Tua cabeça pendeu,
finalmente,
na interrogação da terra, 
da Terra.
As tuas forças iam fluindo,
escapulindo-se como névoa na noite.

Foste erguendo a cabeça
Homem das dores:
está consumado.

(imagem: Cristo de Suan Juan de la Cruz, Salvador Dalí)

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2 Comentários:

Anonymous alfacinha disse...

Olá Gosto do seu contribuição"cidade no blogue da Margarida Fonseca Santos
abraços

quinta-feira, 25 fevereiro, 2016  
Anonymous sandrinha disse...

Oi querido amigo,venho agradecer-te a visita e o comentário que me fizeste nesta minha postagem: http://sandrasofiagoncalvesafonso.blogs.sapo.pt/o-que-eu-procuro-2762, respondendo ao teu comentário,sim,é bastante bom ler um livro,contudo,a vida e o tempo são coisas que não se podem esquecer!! Espero que voltes mais vezes ao meu cantinho e que comentes sempre!! Agora que conheço este teu espaço,podes ter a certeza de que eu também aqui voltarei mais vezes,muitos beijinhos e espero que tenhas um excelente domingo!!

domingo, 01 maio, 2016  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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